Benutzer:He3nry/Etelvina Lopes de Almeida
Vorlage:Info/Biografia/WikidataEtelvina Lopes de Almeida (Serpa, 17 de março de 1916 — Tábua, 30 de abril de 2004) foi uma escritora, jornalista e, depois do 25 de Abril, deputada pelo PS na Assembleia da República.
Percurso
[Bearbeiten | Quelltext bearbeiten]Etelvina Lopes de Almeida nasceu em Serpa, no dia 17 de março de 1916. Frequentou o Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, e um colégio interno, em Queluz.[1] Iniciou a sua carreira, como jornalista e escritora, no jornal infantil O Papagaio[2], dirigido por Adolfo Simões Muller. Em 1941, completou o curso liceal e começou a trabalhar, simultaneamente, na Rádio Renascença, primeiro como secretária, depois como locutora. Mais tarde, colaborou com uma empresa de recortes de jornais e começou a trabalhar na revista Modas & Bordados, dirigida ao tempo por Maria Lamas, como secretária. Em 1943, tornou-se chefe de redacção dessa revista e assinou contos e reportagens para a revista O Século Ilustrado.
Em 1944, começou a trabalhar como locutora da Emissora Nacional. Um ano mais tarde, foi um dos signatários das listas para a constituição do MUD (Movimento de Unidade Democrática). Quando Maria Lamas foi designada como presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, em 1946, Etelvina Lopes de Almeida ficou com o cargo de direção da revista Modas & Bordados. [3] Nesse mesmo ano, recebeu também o seu cartão de membro da direção da Sociedade Portuguesa de Escritores, assinado por Aquilino Ribeiro.[4]
Em 1947, participou nos eventos realizados no âmbito da Exposição de Livros Escritos por Mulheres de todo o Mundo, organizada na Sociedade Nacional de Belas Artes.[1] Um ano depois, assinou, juntamente com alguns colegas, documentos que reclamavam a supressão da censura e a libertação de presos políticos, sendo afastada da Emissora Nacional.[5] Começou, depois, a colaborar com alguns jornais, no Rádio Clube Português e em pequenas emissoras radiofónicas privadas. No mesmo ano, tornou-se sócia da Liga Portuguesa Feminina para a Paz e, quando esta cessou atividade, ligou-se ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, em cuja direção estiveram Sara Beirão e Maria Lamas.[3]
Em 1962, foi despedida da revista Modas & Bordados por motivos políticos[5], passando a desempenhar funções na empresa proprietária da revista.[3]
Em 1965, a PIDE realizou uma rusga à sede da editora Europa-América, apreendendo centenas de livros. O seu livro, ABC da Culinária, foi apreendido.[6] Deixou, nessa altura, de assinar as suas colaborações em jornais e revistas até 1968, ano em que foi para Paris, enviando para o jornal O Século uma série de reportagens sobre emigrantes portuguesas, publicadas sem assinatura. Passou, depois, a coordenar o Gabinete de Relações Públicas de uma empresa imobiliária, visitando vários países.[3]
Em 1969, foi candidata da CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática) à assembleia nacional.[5]
Depois do 25 de Abril, trabalhou na Radiodifusão Portuguesa e, em 1975, passou a chefiar o departamento da Radiodifusão Portuguesa Internacional, visitando diversas comunidades portuguesas no estrangeiro. Fez parte do Grupo das Mulheres Socialistas e foi deputada pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República (I Legislatura).[3]
Dedicou-se, posteriormente, aos problemas da terceira idade e fez parte da direcção da Fundação Sara Beirão/António Costa Carvalho que fundou, com Igrejas Caeiro, em Tábua. [1] Em 1993, presidiu, em Estrasburgo, a uma sessão do Parlamento Europeu para os Idosos, durante a qual foi aprovada a Carta Europeia para os Idosos.[3]
Faleceu no dia 30 de abril de 2004, vítima de doença prolongada.[2]
Reconhecimentos e Prémios
[Bearbeiten | Quelltext bearbeiten]Em 1982, recebeu uma homenagem do Conselho Nacional das Mulheres no Brasil, tendo sido eleita Mulher do Ano.[4]
Em 1995, recebeu do então Presidente Mário Soares a Comenda da Ordem de Mérito em Portugal.[2]
Obra
[Bearbeiten | Quelltext bearbeiten]- 111 Receitas de Tartes, Publicações Europa-América, (s/d)
- Histórias que o mundo conta, Perspectivas e realidades, 1985
- 111 Receitas com Ovos, Publicações Europa-América, 1979
- 111 Receitas de Tapas e Entradas, Publicações Europa-América, 1979
- ABC da Culinária, Publicações Europa-América, 1966
- O Tambor da Paz, 1963
- Maria Verdade, 1952
- O Tontinho da Esquina, Edições Universo, (s/d)
- Bia Calatroia, Editorial Século, 1948
Referências
[Bearbeiten | Quelltext bearbeiten]- ↑ a b c Vorlage:Citar periódico
- ↑ a b c Vorlage:Citar periódico
- ↑ a b c d e f Vorlage:Citar livro
- ↑ a b Vorlage:Citar web
- ↑ a b c Vorlage:Citar web
- ↑ Vorlage:Citar web
Ligações externas
[Bearbeiten | Quelltext bearbeiten]- Perfil de Etelvina Lopes da Silva na Assembleia da República
- O que é Feito de Si Etelvina Lopes de Almeida? - Arquivos RTP
- No Ar – Episódio 11 - Arquivos RTP
- Primeira conferência de imprensa da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática - Arquivos RTP
[[Categoria:Deputados da Assembleia da República Portuguesa]] [[Categoria:Políticos do Partido Socialista (Portugal)]] [[Categoria:Comendadores da Ordem do Mérito]] [[Categoria:Naturais de Serpa]] {{Portal3|Biografias|Mulheres|Jornalismo|Política|Literatura}} {{Controle de autoridade}} [[Categoria:Opositores da ditadura portuguesa]]